
história e geografia do espirito santo
sábado, 13 de agosto de 2011
QUESTÕES DO ES

GEOGRAFIA DO ES
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
História do Espírito Santo
As Populações Nativas Do Espírito Santo
Antes da chegada dos portugueses ao Espírito
Santo, o território era habitado por nativos que
pertenciam a quatro grupos: tupis-guaranis; os gês
(também chamados de tapuias); os machacalis,
patashós e malalis; e puri-coroados
.
Vasco Fernandes Coutinho - empreendimento
colonial
Dando início ao processo de colonização do
Brasil, o Rei de Portugal dividiu a colônia em faixas de
terra entregues aos donatários: eram as capitanias
hereditárias. Uma delas era a do Espírito Santo,
entregue a Vasco Fernandes Coutinho.
Vasco Fernandes chegou em maio de 1535,
trazendo 60 pessoas em sua caravela Glória.
Desembarcou numa praia, junto ao morro do Moreno, no
lugar que ficaria conhecido como Vila do Espírito Santo.
Mais tarde, quando a capital passou para Vila Nova de
N. Sra. da Vitória, a primeira vila tornou-se "Vila Velha".
Logo que chegou, foram montados engenhos de
açúcar, iniciando-se a colonização do Espírito Santo.
Surgem, também, os primeiros confrontos com os índios,
que incomodados com os invasores, tentam expulsá-los de suas terras.
Os holandeses tentaram dominar a capitania, em 1625 e, mais tarde, em 1640, quando já
dominavam o Nordeste. Foi na primeira tentativa de invasão que destacou-se Maria Ortiz, jovem de 22
anos, que tornou-se símbolo da heroína capixaba.
A capitania fracassou devido a vários fatores, entre os quais podemos incluir a hostilihostilidade dos
indígenas e a falta de recursos que permitissem o desenvolvimento da região.
Colonos, indígenas e missionários, com sua ação evangelizadora no Espírito Santo
Desde 1549 até 1750, quando foram expulsos do Brasil, os jesuítas foram a mais importante força
religiosa existente na Colônia. Pacificaram muitos grupos indígenas considerados agressivos e começaram
uma política dos aldeamentos ou reduções, onde eram concentrados centenas de índios que passavam a
receber ensinamentos religiosos e a aprender agricultura e diversos ofícios. Nessas Missões ou Reduções,
os nativos pegavam doenças trazidas pelos brancos.
Entre os séculos XVII e XVIII, na capitania do ES, os jesuítas também exerciam o papel de
produtores agrícolas, administrando ao mesmo tempo fazendas, onde plantavam cana, criavam gado etc.
Esses empreendimentos eram tocados sobretudo por índios.
Também franciscanos vieram para o Estado. Um deles foi Pedro Palácios (1500-1570), criador do
santuário da Penha, em Vila Velha, cujas maiores atrações talvez sejam a imagem de Nossa Senhora da
Penha, chegada em 1570, e o painel de Nossa Senhora dos Prazeres que chegou da Espanha com Pedro
Palácios, e que é talvez a mais antiga pintura a óleo existente no Brasil.
Políticas Indígenas Contemporâneas
No Espírito Santo - O processo de identificação de índios no Espírito Santo pela Funai começou em 1975,
quase 10 anos depois da instalação da Aracruz na região, quando o órgão celebrou um convênio com a
Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) e o governo do estado para a realização de pesquisas
antropológicas junto aos grupos de descendentes indígenas.
Em dezembro de 1979, foi publicada uma Portaria da Funai que declarava de ocupação indígena
uma área de 6.500 hectares para as comunidades de Caieiras Velha, Pau Brasil e Comboios. A escolha do
local seguiu a indicação dos próprios índios.
Após a demarcação das primeiras reservas indígenas, em 1981, a Funai apresentou, em 1998 e,
depois, em 2005, laudos antropológicos elaborados propondo a ampliação das áreas indígenas em cerca de
14.000 hectares.
Em julho de 2006, a Aracruz entregou um estudo resultado da pesquisa realizada por um grupo
multidisciplinar, que trabalhou durante oito meses com o intuito de fazer um resgate histórico e investigar a
questão da terra no Espírito Santo.
Segundo o estudo, no século XVII, a região de Nova Almeida foi concedida a diversos grupos
indígenas, sob a tutela dos missionários da Companhia de Jesus, o que os fez começar a perder a sua
identidade étnica e cultural a partir de diversas imposições dos Jesuítas. Com a expulsão dos jesuítas, em
1759, as terras foram concedidas em grande parte aos colonizadores e aos índios aculturados, que
passaram a viver cada vez mais integrados à população.
Atualmente, as áreas indígenas no ES contam com 07 aldeias, sendo:
· 4 Tupiniquins : Caieiras Velhas, Irajá, Pau-Brasil e Comboios
· 3 Guaranis : Boa Esperança, Três Palmeiras e Piraquê-Açú
Nessas terras, vivem cerca de 2 mil pessoas das tribos Tupiniquim e Guarani, sendo que os índios
Tupiniquim correspondem a 85% dessa população.
Histórico da ocupação
Só 30 anos após o descobrimento, Portugal começou a se preocupar com a colonização do Brasil,
pressionado pelos ataques piratas que vinham em busca do pau-brasil. Em 1531, Martim Afonso de Sousa,
comandando uma poderosa esquadra, chegou a Pernambuco, com a missão de combater os piratas e
estabelecer núcleos de povoamento. Não tendo recursos suficientes para bancar a colonização, o então Rei
de Portugal D. João III aceitou a sugestão de dividir o Brasil em capitanias que seriam distribuídas a quem
tivesse interesse e condições para colonizá-las.
Apresentaram-se os 12 primeiros voluntários, oriundos de famílias de guerreiros, navegantes, gente
da corte, dispostos à arrojada empreitada, entre eles Vasco Fernandes Coutinho, que recebeu de presente
a Capitania do Espírito Santo.
Com a carta de doação, recebida em 1o de junho de 1534, Vasco Coutinho desembarcou na
capitania no dia 23 de maio de 1535, desembarcando na atual Prainha de Vila Velha, onde fundou o
primeiro povoamento. Como era oitava de Pentecostes, o donatário batizou a terra de Espírito Santo, em
homenagem à terceira pessoa da Santíssima Trindade. Para colonizar a terra, Vasco Coutinho distribuiu
sesmarias entre os 60 colonizadores que com ele vieram.
Como vila velha não oferecia muita segurança contra os ataques dos índios que habitavam a região,
Vasco Coutinho procurou em 1549 um lugar mais seguro e encontrou numa ilha montanhosa onde fundou
um novo núcleo com o nome de Vila Nova do Espírito Santo, em oposição ao primeiro, que passou a ser
chamado de Vila Velha. As lutas contra os índios continuaram até que no dia 8 de setembro de 1551, os
portuguesas obtiveram uma grande vitória e, para marcar o fato, a localidade passou a se chamar Vila da
Vitória e a data como a de fundação da cidade.
Administração de Vasco Coutinho
Vasco Coutinho era um militar e não administrador, mas deixou várias obras durante seus 25 anos
de donatário. Além das duas vilas (Vila Velha e Vitória), foram construídas as duas primeiras igrejas, a do
Rosário, em Vila Velha, fundada em 1551 e ainda existente. A outra, anterior à do Rosário, chamava-se
Igreja de São João, e também ficava em Vila Velha.
Foram também construídos os primeiros engenhos de açúcar, principal produto da economia por
três séculos, até 1850, quando foi substituído pelo café. Em 1551, foi fundado, pelo padre Afonso Brás, o
Colégio e Igreja de São Tiago, que, após sucessivas reformas, transformou-se no atual Palácio Anchieta,
sede do Governo do Estado.
Com a chegada de missionários, foram fundadas as localidades de Serra, Nova Almeida e Santa
Cruz, em 1556. Dois anos depois chegou frei Pedro Palácios, que foi o fundador do principal monumento
religioso do Estado, o Convento da Penha, padroeira do Espírito Santo.
Vasco Coutinho, que deixou parentes e amigos em Portugal, venceu bens e contraiu dívidas para
receber a Capitania do Espírito Santo, morreu em 1561, em Vila Velha, onde vivia, velho, cansado e pobre,
um ano depois de renunciar ao governo da capitania.
Povoamento
Depois de Vasco Fernandes Coutinho, o povoamento do Espírito Santo foi sendo feito aos poucos e
pelo litoral, durante aproximadamente 300 anos, restringindo-se à região ao sul do Rio Doce. Nesse
período, o principal produto da economia era a cana-de-açúcar. A ocupação do interior aconteceu do Sul
para o Norte, com mineiros e fluminenses que vinham atraídos pelo café, que começou a ser cultivado
depois de 1840. No interior norte, o povoamento começou por Colatina e daí para os outros municípios
PERÍODO IMPERIAL
A região Sul da Província do Espírito Santo foi a pioneira na produção de café, no século XIX,
especialmente em torno do vale do Rio Itapemirim e do Rio Itabapoana. Particularmente depois de 1850, a
medida que os cafeicultores cariocas do Vale do Rio Paraíba passaram a enfrentar problemas como erosão
do solo e baixa produtividade dos cafezais, procuraram as terras virgens, férteis e desocupadas no Sul da
província capixaba. O Sul do Espirito Santo passou a ser uma " fronteira agrícola" natural para a expansão
da lavoura cafeeira fluminense. É interessante lembrar que a primeira província do Império brasileiro que
plantou café em escala comercial foi o Rio de Janeiro, especialmente ao longo do vale e das encostas do
Rio Paraíba do Sul. É a partir dessa região que a cafeicultura se expandiu para São Paulo, Minas Gerais e
Espírito Santo.
Revolta do Queimado
No dia 19 de março de 1849, Queimado foi palco de uma Insurreição de negros escravos. A antiga
freguesia de São José do Queimado, criada em meado do século XIX, está hoje incorporada ao município
da Serra, um dos que compõem a área periférica da Grande Vitória. O povoado de Queimado estava
situado às margens do rio Santa Maria, por onde trafegavam canoas carregadas de café, farinha de
mandioca, cana-de-açúcar, milho, feijão, coisas que os do lugar plantavam pelo método costumeiro:
Derrubar, queimar, roçar. Na década de 1840, quando chegou a reunir cerca de 5 mil moradores, parecia
que o destino reservava certa importância ao povoado, não obstante a pobreza do lugar. Mas um lento e
irremediável processo de decadência econômica e despovoamento, iniciado já na segunda metade do
século XIX, frustrou esta possibilidade. Hoje, no local onde se localizava a vila, os únicos testemunhos
visíveis do engenho humano são as ruínas da Igreja de São José
As Insurreições ou revoltas de escravos eram comuns nas Vilas e Aldeias do Espírito Santo e do
Brasil. A Insurreição do Queimado foi uma revolta que durou até a prisão de Elisiário, um dos líderes do
Movimento, cinco dias depois do início da Insurreição. A revolta começou dia 19. Chico Prego morreu
enforcado na Serra Sede. João da Viúva Monteiro, morreu enforcado no Distrito de Queimado. Elisiário
fugiu da cadeia, graças a um milagre e formou um quilombo na região depois do Morro do Mestre Álvaro e
do Monte do Mouxuara, em Cariacica.
Recentemente num discurso proferido na Assembléia Legislativa Estadual, uma professora da
UFES - Universidade Federal do Espírito Santo defendeu a tese de que não se deve denominar a Revolta
do Queimado como Insurreição. Informou que o termo Insurreição foi usado pelos Senhores para
menosprezar o ato de bravura e combativo dos negros. Também defendeu a tese de que não se deve
creditar ao frei Gregório Maria de Bene, a idéia inicial da luta pela liberdade, que segundo a mesma, surgiu
através dos próprios negros, através da figura de Eliziário.
Com relação a tais colocações, o historiador e membro do Instituto Histórico e Geográfico do
Espírito Santo, Clério José Borges, nada tem contra. Segundo Clério Borges, "Eliziário teve grande
importância no Movimento. Era escravo de uma família que lhe ensinou o básico para sua formação. Era
negro caseiro e não trabalhava no campo, assimilando e aprendendo com o seu Senhor. É certo que o frei
Gregório não gostava da escravidão. Era de origem européia e os Europeus não gostavam da Escravidão.
Frei Gregório era Italiano. Deve-se sim, creditar a frei Gregório, deixando de lado as paixões, o fato de ter
iniciado, com Eliziário, Chico Prego e João Monteiro, (João da Viúva Monteiro) as primeiras conversas sobre
a Liberdade dos Escravos. Mas, o movimento pregado por frei Gregório seria por vias pacíficas. Ele iria até
a Imperatriz defender a liberdade dos negros escravos. São fatos históricos. Estão registrados na obra de
Afonso Cláudio que fez um livro minucioso sobre o assunto."
Clério José Borges destaca ainda o fato de que, "Os negros invadiram a Igreja gritando: Queremos
alforria, queremos liberdade. Os negros estavam armados no momento da invasão da Igreja. Frei Gregório
defendia um movimento pela liberdade, mas sem armas. Queria liderar, junto com os negros, um movimento
pacífico. A impaciência, gerada talvez pela opressão e castigos que recebiam, levou os negros a uma
atitude extrema de se armarem. De armas em punho, já não mais estavam reivindicando por vias pacíficas.
Estavam indo contra as Leis vigentes. Cerca de 30 anos depois ocorreria a "Abolição da Escravatura". Com
a abolição os negros foram libertados por vias pacíficas. Não foram libertados através de Insurreições ouRevoltas. Foram libertados dentro da Lei. A "Revolta do Queimado" foi uma marco da negritude em busca
da liberade,fato que ninguém pode negar, todavia foi feita ao arrepio da lei, ou seja, contra as leis vigentes
no Brasil da época, pois foi feita com armas. Sem contar, o prejuízo humano das vidas que foram
sacrificadas."
Em 1860, o então Imperador Dom Pedro II visitou o Espírito Santo, acompanhado da esposa, Dona
Teresa Cristina, permanecendo durante duas semanas, quando desenvolveu intenso programa de Visitas,
percorrendo estabelecimentos públicos, colégios, cadeias e deixando de seu próprio bolso uma contribuição
para a Santa Casa de Misericórdia. 1 - A República Velha:
Proclamado o novo regime, em 15 de novembro de 1889, Afonso Claudio tornou-se o primeiro
presidente do Estado (nome que era então dado aos governadores). O início do período republicano (1889-
1902) pode ser considerado como de muita instabilidade política, com 4 governadores em apenas 3 anos:
Afonso Claudio, Constante Gomes Sodré, Antônio Aguirre e o Barão de Monjardim.
Governadores na República Velha
Período Nome
1889-1890 Afonso Claudio
1890-1891 Constante G.Sodré
1891 Antônio Aguirre
1891-1892 Barão de Monjardim
1892-1896 Moniz Freire
1896-1898 Graciano S.Neves
1898-1904 Moniz Freire
1904-1908 Henrique Coutinho
1908-1912 Jerônimo Monteiro
1912-1916 Marcondes A. Souza
1916-1920 Bernardino Monteiro
1920-1924 Nestor Gomes
1924-1928 Florentino Avidos
1928-1930 Aristeu Borges de Aguiar
Na República Velha, a família Souza-Monteiro passou a dirigir a vida político partidária no ES. Tal
domínio, entretanto, exerceu-se aparentemente dividido, pois Jerônimo Monteiro liderava as forças
agrofundiárias do Sul, enquanto Bernardino Monteiro liderava as forças mercantis-exportadoras do Sul e
do Centro. O café não chegou a gerar um processo de industrialização no ES, mas conseguiu financiar um
plano industrial criado por Jerônimo Monteiro.
2 - A Era Vargas:
Com a vitória da revolução de 1930, o capitão Punaro Bley tornou-se o interventor federal no
Estado. Assim, de 1930 a 1943, o Espírito Santo ficou sob o governo de João Punaro Bley, que tentou
colocar em prática, em nível estadual, a política que Vargas aplicava nacionalmente.
Nos anos 40, foi criada a CVRD, para abastecer com ferro brasileiro o mercado bélico aliado,
através do porto de Vitória, que foi melhor aparelhado nessa ocasião. Embora o país passasse por uma
nova fase no processo de transformação capitalista, a industrialização, a burguesia cafeeira que estava em
alta no ES nem cogitou da via da industrialização para o Estado.
Quando o Brasil começou a mandar soldados para a II Guerra Mundial, muitos capixabas foram
lutar como "pracinhas", na Itália, ao lado dos Aliados contra o Eixo.
De 1943 a 1945, Jones dos Santos Neves substituiu Punaro Bley, tornando-se inteventor do ES,
no final da Era Vargas.
Quando começou no Brasil o processo de democratização, com o fim da Era Vargas, também no
ES foram fundados diversos partidos políticos, tais como PSD, UDN e PTB, entre outros. Com a saída de
Getúlio Vargas em 1945, inicia-se novo período da História do Brasil: o período democrático, que foi até
1964.
3 - Período democrático:
Após o fim do Estado Novo, em 1945, a política do Estado teve a presença marcante do PSD, maior
agremiação do Estado, formada a partir do esquema dos interventores da ditadura. Agiam intensamente no
Estado também a UDN e o PTB.
Quanto aos governadores do Estado, destacamos inicialmente Carlos Lindenberg, eleito no pleito
de 1947 e que governou até 1950. Representava ele a solidariedade entre os velhos coronéis e, por isso, a
industrialização não foi prioridade em seu governo.
Nas eleições estaduais de 1950, venceu Jones dos Santos Neves, que governou ao mesmo
tempo em que, na presidência da República, estava seu mestre político, Getúlio Vargas. Como nossa
economia ainda era primário-exportadora, éramos muito carentes de mão-de-obra técnica, explicado pela
existência de só três faculdades no Estado. Foi então que Jones criou a UFES, em 1954. Numa tentativa de
industrialização do Estado, Jones dos Santos Neves lançou o Plano de Valorização Econômica.
Jones dos Santos Neves
Nas eleições de 1954, venceu para governador Francisco Lacerda de Aguiar (o "Chiquinho"), de
pensamento mais à esquerda, o que fez com que o populismo encontrasse certo espaço para sua
realização no Estado. Governou de 1954 a 1958.
No pleito estadual de 1958, venceu Carlos Lindenberg, que governou até 1962. Federalizou a
UFES e conseguiu que a sede da CVRD fosse transferida para Vitória, o que fez com que a Vale passasse
a investir mais no ES. Assinou contrato para a construção do porto de Tubarão, em julho de 1962, quando
João Goulart governava o país.
Em 1962, Francisco Lacerda de Aguiar vence novamente as eleições para governador do Estado.
Governou de 1962 a 1966. Com ele voltou o populismo. Quando caiu Jango e subiram os militares, o
governo de Lacerda de Aguiar foi perdendo ritmo e terminou processado por um Inquérito Policial Militar
(IPM). Acusado de corrupção e de ligação com elementos ditos "subversivos", o governador pediu licença
em janeiro de 1966.
4- A Ditadura Militar:
Vigorou, no Brasil, desde a deposição de João Goulart em 1964, até a subida de Sarney em
1985.Com a saída de "Chiquinho", torna-se governador do Estado o advogado Cristiano Dias Lopes Filho,
escolhido pelos militares, pois a partir do golpe de 64 os governadores deixaram de ser escolhidos
livremente pelo voto do povo. Governou de 1967 até 1970. Criou o sistema de incentivos fiscais, o banco de
desenvolvimento estadual e uma série de projetos, entre os quais o da Rodovia do Sol.
De 1971 a 1974, governou o Estado Arthur Carlos Gerhardt Santos . Deslanchou o Centro
Industrial de Vitória (CIVIT).
Christiano e Arthur são considerados a "dupla" que fez a virada na economia capixaba, em direção
à industrialização. Foi o período em que a cafeicultura foi penalizada com a erradicação dos cafezais
improdutivos, medida que acelerou o êxodo rural especialmente em direção a Vitória e facilitou o processo
de industrialização, mas também provocou a substituição de muitas áreas de cafezais por áreas de
pastagens.
A modernização da economia capixaba começou efetivamente em 1966, quando a Vale do Rio
Doce inaugurou o Porto de Tubarão. A partir daí, a Vale implantou suas usinas de pelotização, influiu na
localização da Aracruz Celulose e participou da fundação da estatal Companhia Siderúrgica de Tubarão
(CST) que, através da associação de capitais brasileiros, japoneses e italianos, começou a funcionar em
1983. Daí a explosão imobiliária, as transformações no setor de serviços e o surgimento de bairros como
Camburi.
A política de industrialização em vigor no Espírito Santo nas décadas de 60 e 70 desencadeou os
chamados Grandes Projetos Industriais, marcando uma fase aguda de transição da economia capixaba,
visando a bloquear o esvaziamento econômico do Estado.
O Porto de Tubarão hoje exporta minério de ferro, produtos siderúrgicos e grãos, fazendo parte
desse imenso complexo portuário do ES, constituído por sete cais (Vitória, Capuaba, Paul, Ubu, Tubarão,
Praia Mole e Barra do Riacho) que funcionam como um funil de uma imensa estrutura denominada Corredor
de Transportes Centro-Leste.
Élcio Álvares e Eurico Rezende vieram em seguida, como governadores, e também foram escolhidos
pelos militares.
5-A Nova República:
A partir de 1985, começa novo período na História do Brasil: volta-se à democracia. O primeiro
governador do ES que subiu novamente através de eleições democráticas foi Gerson Camata (1983-1987).
Em seguida a ele vieram Max Mauro (1987-1990) de centro-esquerda, Albuíno Azeredo (1990-1994) do
PDT, Vitor Buaiz (1994-1998) do PT e atualmente José Ignácio Ferreira do PSDB, todos também eleitos
democraticamente. Segundo o sociólogo João Gualberto, do Instituto de Pesquisas Futura, os quatro
primeiros governadores do Espírito Santo desde a abertura política dos anos 80, representam "uma
sucessão de nomes impensável no passado agrário e coronelesco do Estado". (O Estado de S.Paulo,
23/01/2000, pág. A 13).
Foi no período democrático que começou, no Brasil, a onda de privatizações, cujos efeitos
chegaram também ao Espírito Santo com a privatização da CVRD e da CST.
Nesses últimos quinze anos, especialmente nas cidades, a população cresceu consideravelmente,
gerando graves problemas nos setores de saúde, habitação e educação. O crescimento acabou trazendo a
violência urbana, o desemprego e a fome. As agressões ao meio ambiente e a poluição também cresceram.
Como também cresceram as possibilidades de um maior desenvolvimento econômico, com o petróleo e o turismo.
PERSONAGENS HISTÓRICAS
Todos os países, estados ou municípios têm pessoas que passaram para a história pelos atos que
praticaram. Também o Espírito Santo tem seus personagens que são lembrados até agora. Entre eles
podemos citar:
Vasco Coutinho - O primeiro donatário e iniciador do povoamento do território, ao fundar a cidade de Vila
Velha, em 1535.
Frei Pedro Palácios - Irmão leigo franciscano, fundador do Convento da Penha, em Vila Velha. Nasceu na
Espanha, na cidade de Medina do Rio Seco e chegou ao Espírito Santo em 1558, morrendo em 1570.
Araribóia - Cacique da tribo temiminó, que partiu de Vitória com 200, índios para ajudar a expulsar os
franceses do Rio de Janeiro.
Padre José de Anchieta - Missionário jesuíta, catequizador de índios, poetas e escritor de pesas teatrais
que mais se destacou em sua época. Nasceu nas Ilhas Canárias e morreu na cidade de Anchieta no dia 9
de junho de 15976. Existe um processo de canonização de Anchieta.
Maria Ortiz - Foi uma jovem capixaba que, aos 22 anos, ajudou a expulsar os holandeses que atacaram
Vitória em 1625. Sua ajuda, jogando água fervendo sobre os invasores foi numa escadaria no centro da
cidade que em 1924 foi transformada em Escadaria Maria Ortiz.
Domingos José Martins - Personagem capixaba que se destacou pela participação como líder na
Revolução Pernambucana, em 1817, que já pretendia a independência do Brasil. Foi fuzilado em Salvador
no dia 12 de junho de 1817.
Elisário - Escravo que ficou famoso por chefiar a principal revolta de escravos do Espírito Santo, a
Insurreição de Queimados, em 1849. Preso, fugiu e se refugiou nas matas não se tendo mais notícias dele.
Caboclo Bernardo - Pescador que ajudou a salvar a tripulação do navio da Marinha de Guerra do Brasil,
Imperial Marinheiro, que naufragou perto da foz do Rio doce, na madrugada de 7 de setembro de 1887.
Augusto Ruschi - O maior naturalista do Brasil e maior estudioso dos beija-flores do mundo. Fundou o
famoso Museu de Biologia Mello Leitão, em Santa Teresa, a Terra dos colibris, onde nasceu em 1915 e
morreu em 1986. Pelos seus conhecimentos científicos e pela luta pela preservação na natureza, em 1994,
o Congresso Nacional aprovou o decreto do presidente da República, tornando-o o Patrono da Ecologia do Brasil.
QUESTÕES OBJETIVAS
01.(UFES/93) A formação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em 1942, englobando um grande
complexo exportador de minério de ferro, dá destaque ao Espírito Santo porque a (o):
a) Porto de Tubarão, especializado em produtos agrícolas, foi remodelado para garantir a exportação de
minério.
b) Estrada de Ferro Vitória a Minas, incorporada à CVRD, ligava as minas de ferro à cidade de Vitória.
c) Companhia Siderúrgica de Tubarão consumia todo o minério vindo de Itabira, conforme acordo com o
governo japonês.
d) Estrada de Ferro Central do Brasil, que era a antiga Vitória a Minas, ficou encarregada do escoamento
do minério até Vitória.
e) Governo do Espírito Santo, em convênio com o Governo de Minas Gerais, ficou com as minas de ferro,
em troca do uso do Porto de Tubarão pelos mineiros.
02. (UFES/94) Na década de 60, o Espírito Santo começou a conceber uma estrutura com vistas à
implantação de grandes projetos industriais no Estado. Uma das ações que muito contribuiu para a
arrancada industrial foi a (o):
a) proibição de funcionamento de pequenas indústrias na área da Grande Vitória.
b) Impedimento de financiamento para indústrias que associavam capital nacional e internacional.
c) Criação de incentivos fiscais e de um sistema de financiamento público para investimentos privados.
d) Transferência do centro industrial do Município da Serra (CIVIT) para o de Vitória como prioridade de
uma política industrial centralizadora.
e) Desmatamento obrigatório em áreas que fossem propícias à implantação de indústrias.
03. (UFES/94) Sobre o processo imigratório ocorrido no Espírito Santo no século XIX, é incorreto afirmar
que:
a) Em 1847, foi criada a colônia de Santa Isabel, colonizada por alemães, ao longo da estrada do Rubim,
construída para ligar o Espírito Santo a Minas Gerais.
b) A expedição de Pietro Tabachi iniciou o processo imigratório italiano, em 1874, trazendo imigrantes do
Trento para a região de Santa Cruz.
c) As caixas beneficentes eram associações que reuniam colonos para se protegerem contra mordeduras
de cobras, surtos ou epidemias de difteria e crupe, adquirindo soros e vacinas.
d) Por iniciativa do Dr. Costa Pereira, em 1874, teve início a construção da hospedaria dos imigrantes de
Pedra D'Água, na entrada da baía de Vitória.
e) No início o Governo imperial ofereceu aos imigrantes transporte gratuito, hospedagem, alimentos,
instrumentos agrícolas e a doação de um lote de terra de 100 hectares para cada família.
04. (UFES/95) No povoamento e colonização da região serrana do Espírito Santo, no século XIX, foi
decisivo o papel dos imigrantes europeus que se estabeleceram como:
a) grandes latifundiários proprietários de muitos escravos.
b) Grandes proprietários que produziram a cana-de-açúcar na província, implantando a agro-indústria.
c) Massa de operariado rural, atuando em diferentes frentes agrícolas e extrativistas.
d) Pequenos proprietários, cultivadores diretos, que passaram a dedicar-se fundamentalmente à lavoura de
café.
e) Responsáveis por grandes propriedades de lavouras diversificadas, com a introdução de produtos
europeus.
05. (UFES/96) A ferrovia Vitória-Minas e o Porto de Tubarão, em Vitória, são partes do complexo exportador
da CVRD - Companhia Vale do Rio Doce, historicamente criada em 1942, para extração, transporte e
comercialização de minério de ferro. Atualmente, caracteriza um aspecto do funcionamento dessa ferrovia e
desse terminal exportador o (a):
a) transporte de todo o minério de ferro de Carajás para exportação por Vitória.
b) Substituição do transporte de minério pelo de grãos, tendo em vista a transformação da estrada de
tráfego de minério em ferrovia de tráfego agrícola.
c) Desativação da atividade exportadora do Porto de Tubarão, que foi transformado em porto apenas
importador de carvão mineral.
d) Transformação de grande parte da ferrovia em mineroduto, com vistas ao escoamento do minério e à
liberação de trechos da estrada para transporte de produtos já industrializados.
e) Escoamento não só do minério de ferro de Minas Gerais, como tmbém de outras cargas variadas,
inclusive agrícolas, das regiões centrais do Brasil para o litoral capixaba, com vistas à exportação.
HISTÓRIA DO ESPÍRITO SANTO
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06. (UFES/97) Com relação às políticas de industrialização do Espírito Santo na República Velha, o governo
Jerônimo Monteiro (1908-1912) caracterizou-se pela implementação de um projeto que constituiu:
a) uma primeira tentativa sistemática de industrialização do Espírito Santo, que prosseguiu, embora sem o
mesmo sucesso, no governo de Graciano Santos Neves, que o sucedeu.
b) A primeira e maior tentativa sistemática de industrialização do Espírito Santo até os anos 70, tendo
fracassado devido à queda do preço do café no mercado internacional e às sucessivas quedas das taxas de
câmbio, que prejudicaram os serviços de juros e a amortização da dívida externa.
c) Uma segunda e bem sucedida tentativa oficial de industrializar o Espírito Santo, que teve como principal
marca a criação do pólo industrial do Vale do Itapemirim, já que fracassara a primeira tentativa, ocorrida no
governo Muniz Freire (1892-1896).
d) Um segundo surto industrializante no Espírito Santo, que contou com investimentos diretos do Governo
Federal e com recursos das elites locais ligadas ao plantio e à exportação do café.
e) Uma primeira tentativa industrializante do Espírito Santo, em que o Governo do Estado, por meio de
decretos e projetos de lei, incentivou a implantação das primeiras fábricas de tecido e criou fundos públicos
que vieram a ser aplicados na construção da Estrada de Ferro do Sul do Espírito Santo.
07. (UFES/98) O cultivo do café no Sul do Espírito Santo, no século passado, que contribuiu para o
povoamento da região, contou com a:
a) proteção do governo, que adquiria todo o estoque de café do sul.
b) Exigência no controle das técnicas empregadas no cultivo, para garantir competitividade no mercado.
c) Participação de vários proprietários, em sua maioria fluminenses e mineiros.
d) Vinculação paralela no cultivo do café às atividades industriais da região.
e) Esperiência da mão-de-obra especializada de trabalhadores nacionais, graças aos termos do Convênio
de Taubaté.
08. (UFES/99) A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), localizada no Espírito Santo, está entre as dez
maiores exportadoras do país. Desde a sua criação, sofreu transformações que podem ser assim
expressas:
I. começou a operar como empresa privada que, gradativamente, passou ao controle do governo.
II. Foi privatizada recentemente, passando a ter como um de seus acionistas a Companhia Vale do Rio
Doce (CVRD).
III. Instalou-se como estatal, por meio da associação de capitais brasileiros, japoneses e italianos.
IV. Sofreu a intervenção do governo, havendo a fusão com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
V. Transformou-se em empresa de economia mista, com o aumento da produção de aço e a recente
estatização.
Está(ão) correta(s):
a) I
b) II e III.
c) III e IV.
d) IV e V.
e) V
09. (UFES/99) Uma das questões vinculadas ao cultivo de cafezais no Espírito Santo, no século passado e
no início deste século, foi a necessidade de escoamento da produção do interior. Nesse sentido, pode-se
dizer que são características de situações típicas do Espírito Santo:
I. o transporte da produção cafeeira do interior, feito em tropas de burro pelos escravos, ficou muito
prejudicado com a abolição da escravatura, que foi decisiva para a extinção desse meio de escoamento.
II. Na falta de estradas e de veículos a motor, o café era transportado em tropas de burro até um porto
fluvial ou até uma pequena estação ferroviária, de onde seguia para portos de embarque.
III. A cidade de Santa Leopoldina, à margem do rio Santa Maria da Vitória, conheceu um período de grande
prosperidade, devido ao comércio do café, que ali chegava levado pelos tropeiros e dali descia em canoas
pelo rio até o porto de Vitória, para ser exportado.
IV. A política oficial de erradicação do café no Espírito Santo favoreceu o transporte por tropas, uma vez
que, em conseqüência da diminuição do produto, o frete ficou mais baixo e comercialmente desinteressante
para outros meios de transporte.
Estão corretas as afirmações:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e IV.
e) II e IV.
HISTÓRIA DO ESPÍRITO SANTO
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10. (UFES/2000) A maior demonstração de resistência dos negros escravizados no Espírito Santo contra a
inumana e violenta escravidão completa este ano 150 anos de história.
A Insurreição do Queimado, assim como diversos outros movimentos e quilombos registrados no Estado,
demonstraram a organização do grande contingente negro aqui estabelecido durante o cativeiro.
Podemos afirmar que a Insurreição:
a) ocorreu na região de São Mateus e foi motivada pela morte da princesa negra Zacimba Gaba, a maior
liderança contra a escravidão no norte do Estado.
b) Foi organizada por líderes negros, entre os quais Elisiário e Chico Prego, para exigir a liberdade dos
negros do Queimado, atual região da Serra, no dia da inauguração da igreja que tinham construído.
c) Teve como principal motivo o ataque da força policial ao quilombo localizado na Serra, já que os negros
revoltados, sob o comando de Benedito Meia-Légua, promoviam saques às fazendas.
d) Ocorreu na região de Cachoeiro de Itapemirim, maior produtor de café na Segunda metade do século
XIX, onde se reunia o maior contingente de negros escravizados da Província do Espírito Santo.
e) Foi provocada pela chegada dos imigrantes alemães que se instalaram na colônia de Santa Izabel, atual
Domingos Martins, e que substituíram a mão-de-obra negra no trabalho agrícola.
11. (UFES/2000) A política de industrialização (1960/70), procurando facilitar a instalação de indústrias,
desencadeou, no Estado, os chamados Grandes Projetos Industriais, marcando uma fase aguda de
transição da economia capixaba.
Assinale a alternativa que NÃO está ligada a essa fase de transição:
a) parte da população que se deslocou para Vitória ocupou áreas periféricas da cidade sem infra-estrutura
básica de habitação.
b) A construção do Porto de Tubarão foi suspensa em virtude da diminuição da perspectiva de exportação
do café.
c) A crise da lavoura cafeeira provocou a substituição das áreas de cafezais, em muitas terras, por áreas de
pastagens.
d) O êxodo rural, um dos reflexos da eliminação de cafezais improdutivos no Estado, motivou o grande
aumento da população urbana de Vitória.
e) Incentivos fiscais e um sistema de financiamento público para investimentos privados foram criados,
visando bloquear o esvaziamento econômico do Estado.
12. (UFES 2001)
DESASTRE NO PARANÁ: 4 MILHÕES DE LITROS DE ÓLEO NO AMBIENTE
"ATÉ QUANDO?
PETROBRAS - Acidentes acontecem, mas a paciência tem limite!"
("Superinteressante", no 8, agosto, 2000, p. 26.)
O Espírito Santo na corrida do petróleo
"Os novos desafios estão lançados. na corrida do petróleo a PETROBRAS procura definir sua linha de
atuação no estado." ("talismã", edição 32, 2000, p. 11.)
As citações acima referem-se aos problemas que a PETROBRAS vem enfrentando e ao propósito de
ampliar sua atuação no Espírito Santo. A PETROBRAS foi criada na década de 50, no seguinte contexto:
a) Estado novo, decretado por Getúlio Vargas, com base no autoritarismo político e no nacionalismo
econômico.
b) Governo de João Figueiredo, cuja política populista previa a prospecção petrolífera em várias partes do
brasil.
c) Presidência de Getúlio Vargas, eleito pelo voto no seu segundo governo, com grande apelo nacionalista.
d) Governo de Juscelino Kubitschek, marcado pelo anti-nacionalismo e voltado para os interesses norteamericanos
no setor automobilístico.
e) Governo provisório de Getúlio Vargas, numa situação de colaboração ao esforço de guerra imposto pelos
ingleses e americanos.
HISTÓRIA DO ESPÍRITO SANTO
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13. (UFES 2002)
A implantação da cidade de Vitória, na ilha que lhe dá o nome, reside numa série de peripécias
controvertidas. A principal se funda na pertinácia do aborígene em repelir do continente os portugueses
colonizadores.”
DERENZI, S. Biografia de uma ilha. Vitória: SMC/PMV, 1969: 11.
Em setembro de 2001, comemoraram-se os 450 anos da cidade de Vitória, cujos primórdios, ao contrário
dos relatos e crônicas de teor memorialista, não se resumem a aventuras e incidentes pitorescos, como a
suposta “pertinácia do aborígene” mencionada por Serafim Derenzi no texto acima. Sobre a história de
Vitória no período colonial, NÃO se pode afirmar que
A) Duarte Lemos recebeu, como doação, a Ilha de Santo Antônio, em retribuição à bravura e destemor na
luta contra os indígenas que mantinham apertado cerco em torno dos colonos na recém-fundada Vila do
Espírito Santo.
B) o último vestígio arqueológico da estada de Duarte Lemos na Ilha de Santo Antônio é a Capela de
Santa Luzia, antigo oratório da fazenda.
C) a instalação de um engenho de cana-de-açúcar e a concessão de terras aos moradores foram
atividades desenvolvidas por Duarte Lemos durante sua estada na Ilha de Santo Antônio.
D) a descoberta de ouro na Ilha de Santo Antônio levou Duarte Lemos a buscar, junto à corte, um diploma
régio, a fim de garantir seus direitos de exploração, usando de intrigas como expediente para comprometer
seu rival Vasco Fernandes Coutinho.
E) Vasco Fernandes Coutinho, preocupado em tornar menos precária a segurança dos seus governados,
transferiu a sede da capitania para a Ilha de Santo Antônio
14. (UFES 2002)
O rádio, veículo de comunicação de massa que, antes da televisão, mobilizava multidões em todo o Brasil,
contribuiu para a eleição de vários radialistas dos quadros políticos do Espírito Santo. Locutor de um
programa policial de muito sucesso, Gerson Camata foi eleito vereador, em Vitória, em 1967, chegando ao
cargo de Governador do Estado, em 1983.
Acerca da gestão de Camata no governo do Espírito Santo, pode-se AFIRMAR que
a) foi o primeiro governador capixaba eleito democraticamente, após o golpe militar de 1964.
b) inaugurou no Município da Serra, no planalto de Carapina, o Centro Industrial de Vitória – CIVIT, com
infra-estrutura para receber novas empresas e abrigar novas indústrias.
c) estimulou o desenvolvimento da economia capixaba, por meio de investimentos no setor portuário,
destacando-se a inauguração do Porto de Tubarão.
d) empreendeu a construção de uma ponte, ligando Vitória a Vila Velha, dado o intenso fluxo de veículos à
época.
e) promoveu a assinatura do protocolo de intenções, para a criação da Região Metropolitana de Vitória.
15. (UFES 2004)
Observe o mapa e o texto abaixo e responda:
HISTÓRIA DO ESPÍRITO SANTO
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No centro da Província - capital e periferia - observa-se, no período de 1852 e 1873, a substituição da
cultura canavieira, bem como um avanço da cultura cafeeira em direção a outras áreas. Ao sul, nos
vales do Itapemirim e Itabapoana, porém, o processo foi muito mais agressivo”.
(ALMADA, Vilma Paraíso Ferreira de. Escravismo e transição: o Espírito Santo - 1850-1888. Rio de
Janeiro: Graal, 1984. p. 65)
No sul do Espírito Santo, a cultura cafeeira recebeu um maior impulso porque se tornou uma extensão
do plantio mais antigo e próspero de uma região vizinha, conhecida como:
a) Recôncavo Baiano.
b) Triângulo Mineiro.
c) Oeste Paulista.
d) Plataforma de Campos.
e) Vale do Paraíba.
16. (UFES 2007) - Texto VIII
Entre os anos de 1890 e 1920, o café representou mais de 90% do valor total das exportações capixabas,
chegando a atingir, em 1903, 95% da receita do Estado. Do ponto de vista econômico, a cafeicultura
dependia principalmente da exportação e grande parte do produto capixaba era exportado pelo porto do Rio
de Janeiro.
Muitos empreendimentos governamentais foram feitos a fim de garantir a exportação do café capixaba pelo
porto de Vitória. Entre eles, destacam-se
a) a construção da estrada de ferro no sul do Estado, a desobstrução de rios para o transporte fluvial e a
abertura e melhoria de vias ligando as áreas produtoras às ferrovias.
b) a construção de silos para armazenamento de celulose na capital do Estado, o enquadramento de Vitória
no processo de produção e a introdução de barcos a vapor no Rio Doce.
c) a construção de usinas hidrelétricas no norte do Estado, a concretização do Convênio de Taubaté e a
abertura e melhoria das vias, ligando as áreas consumidoras às rodovias.
d) a construção do Porto de Capuaba, a abertura e o alargamento de ruas e avenidas pavimentadas nas
cidades produtoras de café e os empréstimos com os abolicionistas.
e) a construção de vias férreas, a criação de um consórcio com multinacionais e importadores envolvidos na
valorização do café e o estabelecimento do Plano Trienal.
17. (UFES 2008) Na segunda metade do século XIX, enfrentando quase 50 dias de viagem amontoados em
navios precários com pouca comida e sujeitos ao perigo de contágio por doenças infecciosas, sucessivas
levas de imigrantes chegaram ao Espírito Santo, onde se depararam ainda com doenças típicas das terras
tropicais. Julgue as seguintes proposições feitas sobre a situação dos imigrantes no Espírito Santo,
utilizando (V) para as que forem verdadeiras e (F) para as que forem falsas.
I- Os alemães, para se adaptarem à nova terra sem grandes sacrifícios, escolheram viver em terras baixas e
quentes. ( )
II- Os italianos, para se protegerem das enfermidades desconhecidas, distribuíram-se em colônias-famílias
e só casavam entre si. ( )
III- Os pomeranos, com sua pele branca e delicada, tornaram-se vítimas de uma doença de pele decorrente
da ação dos raios UV. ( )
A resposta CORRETA, de cima para baixo, é
A) V, F, V
B) V, F, F
C) F, V, V
D) V, V, F
E) F, F, V
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